Dor é uma das queixas mais comuns nos pacientes que procuram os profissionais de saúde, afetando a maioria da população em algum momento de suas vidas.
     A dor pode ser classificada temporalmente como aguda e crônica.
     A dor aguda é de ocorrência quase universal. Tem função de preservação de integridade e defesa, pois é o alarme de uma uma lesão ou iminência de lesão tecidual. Normalmente sua origem é de fácil identificação e o tratamento tem como objetivo o alívio imediato e na maioria das vezes a eliminação do fator causal.
     Por outro lado, a dor crônica chega a 40% da população e é uma das principais causas de incapacidade e afastamento do trabalho, perda de funcionalidade e da qualidade de vida. Os pacientes com dor crônica apresentam comprometimento em diversas facetas de sua vida. A dor evoca emoções e uma cascata de modificações neurofisiológicas e funcionais, o que gera sofrimento, medo da incapacidade, preocupações com perdas materiais e/ou sociais, limitações para a realização das atividades profissionais, sociais e/ou domiciliares. Altera também afeto, sono, apetite, lazer e qualidade de vida. Em 85% das vezes, a dor crônica é de característica indefinida e, portanto de difícil tratamento. 
     A dor crônica deve ser tratada de forma interdisciplinar e multiprofissional formulando planos diagnósticos e terapêuticos individualizados que freqüentemente exigem a adoção de várias modalidades de intervenções concomitantes ou sequenciais e multimodais. Deve priorizar, quando possível, a eliminação dos fatores causais e perpetuantes. Entretanto, nem sempre isso é factível, situações em que é priorizado o tratamento sintomático com medidas farmacológicas, de reabilitação, psicoterápicas, anestésicas, oncoterápicas, cirúrgicas e/ou neurocirúrgicas funcionais que possibilitam minimizar a dor e resgatar ou melhorar os parâmetros funcionais na maioria dos indivíduos. A dor crônica frequentemente não pode ser eliminada completamente, mas o desempenho do paciente pode ser melhorado substancialmente, mesmo quando a dor. 

TÉCNICAS AVANÇADAS DE TRATAMENTO DA DOR AGUDA E CRÔNICA
     Existem várias formas de tratar as dores refratárias ao tratamento conservador, podendo serem realizados procedimentos com técnicas intervencionistas e cirúrgicas. 
     Os procedimentos intervencionistas podem ser divididos em três grupos quanto à sua ação: bloqueio anestésico, neuroablação e neuromodulação. 

     A equipe do Instituto de Neurologia e Neurocirurgia dispõe de profissional com treinamento específico, especializado na realização de procedimentos intervencionistas para alívio da dor.