Memória e envelhecimento


     O envelhecimento populacional é uma realidade no Brasil e no mundo. Nas últimas décadas a população vem se tornando mais longeva e esse fenômeno se dá por diversos fatores como a queda a mortalidade prematura por doenças agudas e infectocontagiosas, o maior acesso aos serviços de saúde, o surgimento de tratamentos mais eficazes para doenças antes fatais, entre outros fatores. 

     O avanço das pesquisas na área da medicina mostra-se um fator decisivo para o aumento da expectativa de vida dos seres humanos. A disponibilidade de exames para detecção precoce de doenças e mesmo a instituição de medidas preventivas e de tratamento o mais rapidamente possível e de forma mais acurada são responsáveis por uma melhora na qualidade de vida da população idosa.

     O envelhecimento ativo é a meta principal. Para que isso ocorra é necessário ter cuidados diários com a saúde, realizando exercícios físicos, alimentando-se de forma adequada e evitar hábitos não saudáveis como o tabagismo e o abuso de álcool. A manutenção da atividade cerebral é também importante, com atividades como leitura, cálculo e convívio social. Além disso, a preservação do humor e o tratamento de possíveis sintomas depressivos são fundamentais para a manutenção das funções cognitivas.

     Uma grande preocupação da atualidade é a memória. Certamente as pessoas querem envelhecer com boa memória para manter-se independentes e autônomos. E, para que esse desejo seja alcançado muitas vezes os pacientes vem a consulta médica solicitando maneiras de prevenir as demências, que são as doenças que causam prejuísos mentais globais, além da simples dificuldade de memória.

     Sabe-se que existem formas tratáveis de demência e que merecem um diagnóstico precoce para que o tratamento seja instalado o mais rapidamente possível. Por outro lado, existem outras formas de demência, como a Doença de Alzheimer, que merecem igual atenção apesar de não se conseguir obter a cura, pois há tratamentos eficazes para melhorar a qualidade de vida do portador da doença e do seu cuidador.

     A Doença de Alzheimer é cada vez mais frequente à medida que aumenta o envelhecimento da população. É importante que se realize o diagnóstico o mais cedo possível para que se consiga iniciar o tratamento adequado. Se o manejo da doença de Alzheimer for bem conduzido, o doente e a família poderão usufruir de uma qualidade de vida satisfatória. Para isso é muito importante a orientação e o acompanhamento médico regular.